terça-feira, 23 de junho de 2009

DR4 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

A Internet

A Internet é uma rede de computadores que surgiu em 1969 (apenas com 4 computadores se constituiu a ARPAnet em 2 de Setembro de 1969), de um projecto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que tinha como objectivo a interligação de computadores utilizados em centros de investigação com fins militares.
Hoje, ninguém coloca em causa a necessidade de mais dia, menos dia, se vir a ligar à Internet. Seria capaz de imaginar a vida actual sem televisão, telefone ou automóvel? Há poucas décadas atrás, muita gente pensava tratarem-se de "luxos supérfulos". Hoje são uma necessidade indiscutível e o mesmo aconteceu com a Internet.
A Internet é não só um meio de entretenimento (já integrada com o próprio televisor ou telemóvel), mas principalmente um meio pelo qual se pode comunicar com todo o mundo, pelo qual se pode deslocar ao mais recôndito local do planeta e, principalmente, pelo qual se tem ao dispôr toda a informação actualmente existente, sobre qualquer assunto que possa imaginar.
A Internet é, pois, uma imensa rede mundial de computadores, mais concretamente um conjunto de redes e sub-redes, situadas em todos os pontos do globo, compostas por computadores de todos os tipos, operados por pessoas de todas as idades, raças, religiões e personalidades. De facto, a Internet torna-se cada vez mais uma ferramenta e não um passatempo.


Quem controla a Internet?

Um dos fascínios da Internet é que ninguém a controla, embora um dos grandes receios associados à mesma seja a perda de liberdade. Embora as atitudes de alguns utilizadores tenham vindo a obrigar intervenções governamentais (por exemplo, no controlo da pornografia), a gestão de toda a informação e relacionamento entre os utilizadores da Internet cabe-lhe fundamentalmente a eles, utilizadores. Não existem leis mas existe um conjunto de regras: a chamada Netiquette (é o conjunto de regras de etiqueta na Internet, para seu uso de forma socialmente responsável, ou seja, é o modo como os usuários se devem comportar na rede). A Internet, além de descentralizada, é anárquica, e foi crescendo numa base de colaboração voluntária e democrática por parte de muitas pessoas. Existem, no entanto, algumas organizações que desempenham um papel de coordenação: ISOC (Internet Society), IAB (Internet Architecture Board), IETF (Internet Engineering Task Force).
Em Portugal, esta gestão de atribuição de nomes aos servidores é controlado pela FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional).


Vantagens da Internet


Não existem dúvidas que a Internet tem múltiplas vantagens:

. Interactividade: O utilizador não é passivo da informação, pode escolher como quer vê-la e dar uma resposta directa;
. Produtividade: Há a possibilidade de realizar comércio electrónico (e-commerce), intercâmbio de informação, uso de dispositivos e recursos remotos (sistemas de e-learning);
. Actualidade: Os documentos na rede actualizam-se continuamente. É a sua especial maneira de estarem (vivos) e, portanto, de serem realmente eficazes, úteis e rentáveis;
. Economia: A informação a que se tem acesso, desde qualquer parte do mundo, está no computador de cada um de uma forma rápida e idêntica à original, ao preço de uma chamada local (já existem pacotes 24h/dia, com o pagamento de uma mensalidade) e com um hardware muito económico;
. Globalidade: Uma vez que se entra na rede, tem-se acesso a toda a informação e aos recursos que lá se encontram.


Na Internet, um utilizador pode ter liberdade de expressão. É o único território onde as fronteiras se diluíram e onde não existem quaisquer censuras (há, obviamente, algumas poucas excepções!).



O que se pode fazer na Internet?


O objectivo básico da Internet é fornecer uma partilha de informação. Imagine-se, confortavelmente sentado em sua casa...
observando as últimas imagens de Marte?
consultando os câmbios e aplicações financeiras?
procurando tradução, para uma palavra ou frase, para inglês, alemão, russo ou espanhol?
visitando o museu de Louvre?
Tudo isto parece o paraíso... Não se diria tanto mas, a Internet é de facto o universo da comunicação actual, sem o qual não se iria poder evoluir, estudar ou trabalhar, num futuro próximo.



Serviços da Internet


A Internet oferece vários serviços, entre os quais:


. Correio electrónico (e-mail), utilizada para enviar/receber mensagens e ficheiros (de todo o tipo).
. World Wide Web (WWW), utilizada para consultas de páginas Web e pesquisa de qualquer tipo de informação.
. Grupos (ou fóruns) de discussão (Newsgroups), utilizada para possibilitar a comunicação entre pessoas com interesses comuns.
. Chat (IRC, ICQ, Webchats e Messengers), utilizado para conversação escrita em tempo real. O Skype também permite ligações telefónicas entre dois computadores (ligação gratuita) e entre um computador e um telefone de rede fixa ou móvel (tarifário reduzido).
. File Transfer Protocol (FTP), para procura e transferência de ficheiros (download e upload).
Emulação de terminal (Telnet), para ligação a sistemas remotos.


A Internet permite a ligação a qualquer computador do mundo que também esteja ligado à Internet, não necessitando que esse computador seja do mesmo tipo que o nosso. Esta ligação só é possível graças ao protocolo utilizado, TCP/IP, que pode ser definido como sendo um conjunto de regras referentes à forma de funcionamento da troca de dados entre computadores.
Durante os primeiros anos da década de 90 (digamos até 1994), em Portugal, apenas algumas centenas de pessoas, na comunidade académica e científica, faziam uso regular da Internet. Durante o ano de 1995 o crescimento acelerado da Internet em Portugal foi acompanhado por uma maior viabilidade social, com a criação de sites de alguns órgãos de comunicação social: Público, Jornal de Notícias, Rádio Comercial e TVI. De facto, apenas nos últimos anos se começou a alargar a utilização da Internet em Portugal.
Primeiro, através das Universidades e Centros de I&D (Investigação e Desenvolvimento). Mais tarde, com o aparecimento de diversos ISP (Internet Service Providers), deu-se a ligação à rede de um número cada vez maior de empresas, organismos públicos e utilizadores individuais.


· IP - Sigla de Internet Protocol, ou protocolo Internet. Um endereço IP é um identificador único atribuído a um computador numa rede de computadores com o protocolo TCP/IP. Quando se liga à Internet através do seu ISP, é-lhe atribuído um endereço IP. Este endereço pode ser estático (não muda), mas é muito mais comum que seja um endereço dinâmico, o que significa que o seu ISP lhe atribui um endereço que será sempre diferente de cada vez que inicia uma sessão. O endereço é de 32 bits e, por uma questão de simplificação, é normalmente escrito sob a forma de quatro números decimais, cada um compreendido entre 0 e 255, separados por pontos finais, como por exemplo: 193.65.231.2


· ADSL - Sigla de Asymmetric Digital Subscriber Line, é uma tecnologia concebida para proporcionar velocidades de ligação à Internet extremamente elevadas (desde 512 kbps a 8 Mbps) através de uma linha telefónica normal. Desta forma é possível ligar-se à Internet a alta velocidade sem ter de instalar novos cabos.


· Wi-Fi foi na sua origem uma marca licenciada pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes locais sem fios (WLAN - wireless local area networks) baseada na norma IEEE 802.11. Na actualidade, 2007, o termo Wi-Fi usa-se maioritariamente para descrever o interface genérico sem fios de dispositivos informáticos móveis, tais como computadores portáteis em redes locais (LANs). O termo Wi-Fi foi escolhido com base no termo Hi-Fi, e é com frequência erradamente interpretado como uma abreviatura de wireless fidelity. Wi-Fi e o logotipo Wi-Fi Certified são marcas registadas da Wi-Fi Alliance, a organização comercial que testa e aprova equipamento de acordo com as normas 802.11x.
Utilizações comuns do Wi-Fi incluem acesso à Internet e telefonia VoIP (voz sobre IP), jogos e entretenimento, e conectividade em rede para electrónica de consumo tais como televisões, leitores de DVD e câmaras de filmar digitais. Embora tenha havido relatos da comunicação social acerca de possíveis perigos para a saúde provocados pelo Wi-Fi, estudos científicos não conseguiram provar tal facto.

Exemplo de rede Wi-fi

STC, Sandra Antunes

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DR4 - CLC Arte Digital


Arte digital ou Arte de computador é aquela produzida num ambiente gráfico computacional e utiliza-se processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de dar vida virtual às coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais.
CLC Ana Vaz

terça-feira, 16 de junho de 2009

DR4 - CLC Breve história da Internet

A Internet é uma rede de redes em escala mundial de milhões de computadores que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados (download e upload).
Alguns dos serviços disponíveis na Internet, além da Web, são a transferência de arquivos (FTP), o correio electrónico (e-mail normalmente através dos protocolos POP3 e SMTP), boletins electrónicos (news ou grupos de notícias), chats, mensagens instantâneas (MSN Messenger, SAPO Messenger, Yahoo Messenger, Blogs).
Devido à situação política ocorrente e por alguns motivos de segurança, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América criou em Fevereiro de 1958 a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency). A DARPA foi criada para ser utilizada na Guerra-Fria, pois com esta rede promissora, os dados valiosos do governo americano estariam espalhados em vários lugares, ao invés de centralizados em apenas um servidor. Isso iria evitar a perda dos dados no caso, por exemplo de explosão de uma bomba. Em 1969 a ARPA criou uma rede a ARPANET (Advenced Research Projects Agency Network). Esta rede foi utilizada por cientistas e também foi implementada nas universidades, com a qual os estudantes podiam trocar os resultados de seus estudos e pesquisas de forma mais ágil.
Em Janeiro de 1983, a ARPANET mudou seu protocolo de NCP para TCP/IP, dando início à Internet que conhecemos hoje. Em Agosto de 1991, no CERN na Suiça, Tim Berners-Lee publicou o seu novo projecto para a World Wide Web, surgindo assim os protocolos HTML e http. Em 1993 o Web Browser Mosaic 1.0 foi lançado, e no final de 1994 já havia interesse público na Internet. Em 1996 a palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na maioria das vezes a WWW.
CLC Ana Vaz

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº3

A publicidade e os media


Publicidade… Está por todo o lado: nas ruas, nos meios de transporte, nos mass media, e, principalmente, na televisão, no horário do prime time. A publicidade abrange tudo e podemos dizer, quer abarcar todos, ou pelo menos, aqueles a quem o seu produto se destina… tudo com um só objectivo: vender.
A recessão económica, que usualmente se considera ter sido vivida durante os anos de liberalização da televisão em Portugal, teve repercussões no campo da comunicação social, resultando que os patrocínios e a publicidade se tornem vitais para a viabilidade económica das empresas de comunicação, estabelecendo-se um jogo de forças em termos de audiências televisivas que passa a ser mediado pelo investimento publicitário. Esta situação de dependência relativamente à publicidade tende a ser associada à concorrência directa entre os canais, conduzindo a que, apesar dos elevados custos da publicidade televisiva em Portugal, o número de anunciantes tenha sobrevivido à crise económica.


Leia o seguinte texto:


Crianças e televisão: publicidade pouco saudável


A DECO/PRO TESTE analisou a publicidade na televisão durante uma semana e descobriu que, nalguns dias, a SIC e a TVI abusam do tempo máximo por hora de emissão. Mais: aquilo que as crianças menos devem consumir é o que mais passa nos anúncios.
Para verificar se a lei da televisão é cumprida e avaliar os anúncios sobre alimentação durante a programação infantil, entre 20 e 26 de Setembro último, a DECO/PRO TESTE visionou a emissão dos três canais nacionais de maior audiência (RTP1, SIC e TVI). Em termos de resultados globais, nenhum dos canais excedeu o tempo máximo permitido para emitir publicidade por dia. Já ao nível do tempo de publicidade por hora a DECO/PRO TESTE registou várias situações em que o máximo (12 minutos) foi ultrapassado. Na SIC, a lei foi violada 39 vezes. Em seis casos, o tempo máximo foi ultrapassado em mais de um minuto.
“No caso mais grave, a publicidade ocupou mais de 16 minutos e meio numa hora”, denuncia a edição de Fevereiro da PRO TESTE.
Na TVI, apesar de se terem detectado 34 períodos de uma hora em que foram excedidos os 12 minutos permitidos, apenas uma vez o excesso foi mais significativo. Dessa vez, o tempo de publicidade foi superior a 15 minutos e meio. Embora emita mais tempo de publicidade globalmente, a TVI apresenta uma atenta repartição da mesma.
No período analisado, a RTP1 atingiu quase 8 minutos de publicidade no máximo, não violando a lei. Entre o seu tempo diário de emissão, a RTP1 foi o canal que emitiu menos publicidade (9%).
O sector da alimentação e bebidas é o que tem maior peso na publicidade. Durante a programação infantil, este tema representa quase metade do total de anúncios no conjunto dos três canais.
Anúncios demasiado doces e gordos, denuncia a DECO/PRO TESTE
Durante a programação infantil, a maioria dos anúncios mostra bolos, bolachas, cereais de pequeno-almoço açucarados e aperitivos salgados. Todos estes produtos são ricos em açúcar, gordura ou sal. Ou seja, parte significativa da publicidade é dedicada a produtos que, numa dieta alimentar saudável e equilibrada, devem ser consumidos com moderação.

Para promover os produtos, são usadas algumas estratégias, como brindes, desenhos animados e a imagem da mãe. Por exemplo, um terço dos anúncios recorre a desenhos animados. É o caso de alguns cereais de pequeno-almoço. “Num terço dos anúncios, a mensagem nutricional pode ser mal interpretada e levar a comportamentos errados”, revela a revista dos consumidores. Tal ocorre com a Sunquik, Um Bongo, Kinder, Pescanova, Phoskitos, Cola Cao e Nestlé. A figura da mãe, família ou escola aparece em quase um quinto dos anúncios e inclui as marcas Kinder, Sunquik, Phoskitos, Um Bongo e Nestlé. A estratégia é a mãe aprovar e recomendar estes produtos às crianças.
Apesar de menos publicitados, durante a programação infantil, a DECO/PRO TESTE encontrou anúncios a produtos, como iogurtes e queijos. Já os anúncios que encorajem o consumo de fruta, vegetais e peixe são inexistentes.
O excesso de anúncios sobre alimentos de alto teor energético é classificado entre os factores de risco para a obesidade pela Organização Mundial de Saúde. E os adolescentes portugueses, com destaque para as raparigas, encontram-se entre os mais gordos da Europa.
Consumidores exigem
A SIC e TVI cometem alguns atropelos à lei da televisão e os anunciantes fazem passar, sobretudo, produtos alimentares pouco interessantes do ponto de vista nutricional. Segundo a DECO/PRO TESTE, é urgente actuar a vários níveis: Governo, estações emissoras, agentes de publicidade, Instituto do Consumidor, escolas, pais e consumidores.Os operadores de televisão têm de cumprir os tempos permitidos para as mensagens publicitárias. Para assegurá-lo, o Instituto do Consumidor deve intensificar a sua acção de fiscalização. Uma boa ideia é a divulgação pública dos infractores e das coimas aplicadas.
É também urgente apostar em campanhas de sensibilização para uma alimentação saudável e que alertem para os riscos da obesidade. O excesso de peso está associado a inúmeros problemas, como diabetes e doenças cardiovasculares. Não é por acaso que a Organização Mundial de Saúde considera a obesidade como um problema grave, chamando-lhe já a “epidemia do século XXI”.Outra solução complementar passa por um código de conduta, feito com a participação da sociedade civil e aplicado pelos canais e agentes da publicidade. Os profissionais do sector deveriam adoptar um código de boas práticas para a publicidade dirigida a crianças, sobretudo em matéria de alimentação. É importante que todos sigam as regras e sejam responsáveis.
Quanto ao consumidor, pode e deve adoptar uma atitude crítica face à publicidade e ajudar os seus filhos a interpretar as mensagens publicitárias. Nesta matéria, as escolas têm também um importante papel a desempenhar. Há que apostar em projectos de educação alimentar e audiovisual. A DECO/PRO TESTE lança um último apelo: “Nenhum dos agentes neste assunto se pode demitir da sua responsabilidade. É a saúde, actual e futura, dos consumidores que está em jogo”.


PRO TESTE n.º 255 – Fevereiro de 2005 – Páginas 8 a 12



STC, Sandra Antunes

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº2

O papel dos satélites nas comunicações


“Primeiro satélite de comunicações chegou a órbita há 46 anos”

" Balão esférico lançado pela NASA brilhava mais do que a maioria das estrelas"

Um dia, um enorme balão esférico passou a transmitir ondas de rádio. Assim se conta a história, depois do dia 12 de Agosto de 1960, altura em que os Estados Unidos da América lançou o primeiro satélite de comunicações do mundo: o Echo 1. "Numerosas experiências culminaram com este lançamento. O Echo 1 não só provou a possibilidade de transmissão por pequenas ondas de e para satélites no espaço, como demonstrou as potencialidades dos satélites de comunicação. O sucesso do Echo I, esteve mais relacionado com o nível de exposição dos serviços de comunicação via satélite do que qualquer outro", escreveu Leonard Jaffe, o director do programa de comunicações da NASA.“Balão esférico lançado pela NASA brilhava mais do que a maioria das estrelas”

Estava, desta forma, dado o primeiro passo para o desenvolvimento de uma nova era ao nível das comunicações. Com capacidade para transmitir 12 ligações telefónicas simultâneas ou um canal de televisão, o Echo 1 transmitia sinais entre duas estações de rádio no solo, sem amplificá-las. Era também um veículo utilizado para calcular a densidade da atmosfera e a pressão solar. O satélite era visível a olho nu a partir da Terra, uma vez que era mais brilhante do que a maior parte das estrelas e era, provavelmente, visto por mais pessoas do que qualquer outro objecto lançado pelo homem para o espaço.

STC, Sandra Antunes

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DR3 - CLC A Publicidade


A publicidade visa convencer o destinatário a realizar uma acção.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO

- Linguagem polissémica
- Frases exclamativas e imperativas
- Frases nominais, curtas
- Uso expressivo da adjectivação
- Recursos à rima, à onomatopeia e à aliteração
- Utilização de metáforas, hipérboles e outros recursos estilísticos
- Função apelativa e emotiva

Um anúncio bem elaborado deve respeitar o AIDMA (sigla do guião que procura sintetizar os passos ou elementos do processo publicitário):

- Atenção – captar a atenção do público destinatário;
- Interesse – despertar a simpatia pelo que é publicitado;
- Desejo – desencadear a necessidade de ter ou usufruir do que é anunciado;
- Memorização – facilitar a retenção da mensagem. Para tal, a publicidade recorre a estratégias: slogan, rima, associação do produto a sensações de êxito, prazer, prestígio, conforto, segurança…
- Acção – mobilizar, dar instruções ao destinatário para que satisfaça a necessidade desencadeada: adquirir ou aderir ao objecto publicitado.


CLC Ana Vaz

terça-feira, 2 de junho de 2009

DR3 - CLC A Crónica

A palavra crónica deriva do Khrónos , que significa tempo. Crónica significa, então, passar o tempo.
Na Idade Média, a crónica estava relacionada apenas com a história; era um relato histórico de determinados factos que diziam respeito a um determinado reinado.
É Fernão Lopes quem altera a concepção tradicional da crónica, enquanto um simples relato factual, transformando-a numa recriação literária dos acontecimentos ocorridos nos reinados de D. Pedro, D. Fernando e D. João I.
No século XIX, a crónica passou a ser um tipo de texto elaborado por jornalistas e por escritores. Adquiriu uma funçãoideológica, quase sempre crítica e satírica.
Actualmente, a crónica mantém, muitas vezes, uma função ideológica, crítica, satírica, mas apresenta também recorrentemente um fundo de ficção, de texto de carácter ensaístico e de memórias. Pode ainda ser objecto de uma crónica o comentário de factos, notícias ou flagrantes da vida quotidiana.
A crónica já não é, pois, um texto informativo. O cronista utiliza processos literários, recriando os acontecimentos através da sua própria subjectividade, através da sua forma de ver o mundo.

CLC - Ana Vaz

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

Os mass media

Os meios de comunicação de massa são veículos de informação, isto é, são sistemas de comunicação que actuam num único sentido. Os mass media representam uma época em que o fluxo de comunicação é unívoco, pois o receptor das mensagens limita-se precisamente a esse papel, pertencendo a uma massa informe, sem capacidade de resposta. A interactividade é inexistente. O emissor - os mass media - é todo-poderoso, omnipotente. Estes media são pois formas de comunicação através das quais usamos o tempo de utilização com carácter imutável: eles são unilineares.
Os mass media são estruturas altamente organizadas; pretendem satisfazer as preferências e as exigências dos sectores do público que representam a maior fatia no mercado. Só assim eles podem manter um equilíbrio económico, visto que dependem das receitas provenientes da publicidade. Esta lógica é impossível de contrariar: temos de seguir a maioria.

Na era da informação, os mass media tornaram-se maiores e mais pequenos. Se estações de televisão como a CNN têm uma ampla difusão e abarcam um público constituído por milhões de pessoas, o mesmo se passando (ainda que a um público menos numeroso) com a rádio, alguma imprensa ou serviços de cabo exemplificam uma difusão especializada, visando um público pequeno, mas com gostos definidos. Talvez o cinema seja um meio termo entre os restantes mass media.
A pesquisa sobre os mass media percorreu vários campos, nomeadamente o problema da manipulação, a questão da persuasão, o estudo sobre a sua influência, até chegar ao debate das suas funções. Neste último ponto, o interesse recai sobre a dinâmica do sistema social e o papel desempenhado pelos meios de comunicação social na sociedade.

Um estudo sobre as funções psicológicas e sociais dos mass media, elaborado por Katz, Gurevitch e Haas, em 1973 - « On the Use of Mass Media for Important Things » - separa 5 classes de necessidades que os mass media satisfazem:
. Necessidades cognitivas (adquirir e melhorar tanto conhecimentos como compreensão);
. Necessidades afectivas e estéticas;
. Necessidades de integração a nível da personalidade (estabilidade emotiva, maior segurança, aumento de credibilidade e ascensão na posição social);
. Necessidades de integração a nível social (mais contactos interpessoais, com a família e os amigos);
. Necessidades de evasão (aliviar as tensões, atenuar os conflitos).

Actualmente pode-se considerar que a opinião pública, apesar de existir, é manipulada, pois a verdadeira opinião pública é a opinião formada pelos mass media. Os mass media são controlados pelos poderes económico, político e mediático: poder económico, devido ao controle destes por parte de grandes empresas, devido aos lucros resultantes dos conteúdos publicitários; poder político, devido ao controle exercido nos mass media por parte de governos e lobies partidários na manipulação de notícias e no controle das massas por parte dos meios de comunicação; e também por parte do poder mediático, o qual tira partido da exploração da vida privada e pública, de quem quer que seja, por vezes sem olhar a meios, e sem outro objectivo senão o lucro.

Assim o público está condicionado pelos interesses das agências de publicidade, televisão, jornais e de revistas, sendo influenciado, tanto a nível cultural, devido à apresentação de valores e estilos de vida próprios de outras culturas, a nível económico, influenciando-o na escolha de determinados produtos, potenciando o seu consumo, como a nível politico, porque governos há (e houve) que são eleitos, pelos poderes que os mass media, ligados a grandes instituições económicas e a lobies políticos, exercem ao influenciarem na construção dos perfis dos candidatos.
Meios de comunicação alternativos e com opiniões diferentes são “abafados”, não chegando às grandes massas e não tendo assim condições de defenderem o público de ataques ou de técnicas de manipulação e de desinformação, praticadas pelos mass media de grande divulgação.

Uma opinião pública bem formada é aquela que aceita e analisa as informações de derivadas fontes ou canais, e que tem uma mente aberta e crítica para poder compreender a informação à sua disposição e daí tirar as suas conclusões. A necessidade da existência de uma opinião pública bem formada é imprescindível, quanto mais não seja para que não se repitam actos que historicamente denigrem a nossa sociedade e que estão associados à actuação dos mass media sob a influência dos poderes políticos, como por exemplo, as “máquinas de propaganda”, existentes em regimes repressivos como o Nazi ou o soviético. Mas também para que exista uma maior crítica na escolha das informações, e dos programas que as pessoas assistem (neste caso na televisão), uma vez que actualmente os mass media tendem a apresentar conteúdos considerados menos próprios, envolvendo todo o tipo de temáticas, à mão de qualquer pessoa, e no caso da televisão, em horários considerados de primetime, muitas vezes com o intuito de desviar as atenções do público de problemas sociais graves, e de “prender” as populações junto do ecrã, assumindo assim um papel de controlo da população por parte dos governos.
STC, Sandra Antunes

terça-feira, 26 de maio de 2009

DR2 - STC FICHA INFORMATIVA Nº4

Informação digital

As tecnologias da informação têm como principal objectivo o tratamento, armazenamento e disponibilização de informação, através de meios electrónicos, isto é, utilizando computadores ou sistemas informáticos. Neste sentido, tecnologias da informação e informática podem ser entendidas como sinónimos.
É habitual, actualmente, utilizar-se também a expressão tecnologias da informação e da comunicação. Na verdade, nas sociedades contemporâneas, o acesso à informação implica, muitas vezes, a sua transmissão ou comunicação à distância.
Os computadores são máquinas que facilitam a tarefa de tratamento ou processamento de dados, de modo a obter e armazenar informação.
A informação guardada e colocada à nossa disposição num computador é de tipos muito diversificados: textos, imagens, sons, etc. No entanto, o computador é incapaz de entender os símbolos que utilizamos na comunicação oral ou escrita.

Sistema de representação binário

Para que todos os circuitos e dispositivos do computador consigam partilhar informação é preciso que respeitem um modelo de representação comum. Todos os dados introduzidos e guardados num computador, sejam de que tipo forem, precisam de ser traduzidos e codificados numa linguagem própria, composta apenas por dois símbolos: 0 e 1. Como, a nível físico, só existem dois estados possíveis - ausência ou presença de corrente eléctrica -, o sistema tem de ser de base dois (pelo que se chama binário), pelo que atribui a cada um desses estados um dígito (ou bit) distinto - 0 para a ausência e 1 para a presença de corrente. Como este código é formado apenas por dois algarismos, isto é, dois dígitos, damos-lhe o nome de código binário. Por sua vez, à informação armazenada num computador (ou num sistema informático) por este processo chamamos informação digital.
Todas as memórias informáticas e todos os suportes de armazenamento de informação computorizada registam a informação através deste código binário.


Binários a decimais

Dado um número N, binário, para expressá-lo em decimal, deve-se escrever cada número que o compõe (bit), multiplicado pela base do sistema (base = 2), elevado à posição que ocupa. Uma posição à esquerda da vírgula representa uma potência positiva e à direita uma potência negativa. A soma de cada multiplicação de cada dígito binário pelo valor das potências resulta no número real representado.

Exemplo:


Unidades de informação digital



O senso comum e a lógica matemática confirmam que o bit é o mais pequeno bloco de informação compreensível e distinguível, e que pode servir para a construção de blocos de informação mais complexos, mais compreensíveis e distinguíveis. Em grupos de oito, os bits formam a unidade mais importante na representação de informação - o byte - através da qual é, por exemplo, representada a capacidade de armazenamento e memória.

Quando a quantidade de informação é, ainda, maior, é normal o uso de aproximações. Para isso, foram criados vários sufixos que representam vários tipos de arredondamentos - kilo, mega, giga, tera, etc.



Aritmética binária

Adição binária


Subtracção binária



STC, Sandra Antunes

domingo, 24 de maio de 2009

DR2 - STC FICHA INFORMATIVA Nº3



Modo de funcionamento de monitores

Um monitor de cristal líquido (liquid crystal display; LCD) é um monitor muito leve e fino, sem partes móveis. Consiste num líquido polarizador da luz, electricamente controlado, que se encontra comprimido dentro de células entre duas lâminas transparentes polarizadoras. Os eixos polarizadores das duas lâminas estão alinhados perpendicularmente entre si. Cada célula é provida de contactos eléctricos que permitem que um campo eléctrico possa ser aplicado ao líquido no interior.


Figura 1. Camadas de um monitor LCD

O cristal líquido forma uma película ou filme que preenche o intervalo entre as duas lâminas de vidro; cada uma destas lâminas suporta na face externa um filtro polarizador (que determina a direcção de vibração da luz transmitida). A face interna da lâmina traseira está recoberta de minúsculos transístores de filme fino (TFT), cada um dos quais permite ligar ou desligar a tensão eléctrica aplicada a um pequeno elemento do cristal líquido. Este vai assim funcionar como um pixel, mais ou menos transparente ou opaco do ecrã. Na parte de trás, o ecrã é iluminado por um plano de luz (actualmente produzida por LED – díodos emissores de luz).
Os ecrãs modernos de dimensão corrente contêm cerca de um milhão de pixéis, individualmente comandados por endereçamento matricial dos TFT, permitindo a replicação de imagens com elevado conteúdo informativo.

O CRT (Cathode Ray Tube) é um dispositivo analógico, constituído por um ecrã de vidro recoberto por uma camada de substância (fósforo) na parte interna que tem a propriedade de tornar-se luminosa ao ser bombardeada por um feixe de electrões.

Figura 2. Representação de um monitor CRT

A – Cátodo
B – Revestimento condutor
C – Ânodo
D – Tela revestida de fósforo
E – Feixe de electrões
F – Máscara de sombra

Um canhão de electrões, situado na parte traseira do ecrã de vidro do tubo direcciona o feixe num traçado formado por linhas horizontais, de cima para baixo. Ao ser alimentado pelo sinal de vídeo, um circuito faz com que o feixe seja mais ou menos intenso, conforme o ponto correspondente deva ser mais ou menos luminoso.
Um monitor deste tipo contém milhões de pequenos pontos de fósforo vermelhos, verdes e azuis que brilham quando são atingidos por um feixe de electrões e viaja através da tela para criar uma imagem visível. Para gerar as imagens, o canhão percorre toda a extensão da tela, ponto por ponto, linha por linha. Como cada ponto de luz tem duração curta e a imagem precisa ser constantemente actualizada, este processo, conhecido como varrimento, é repetido a todo o instante.

STC, Sandra Antunes

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DR2 - STC FICHA INFORMATIVA Nº2

O Computador

"Computador é um conjunto de dispositivos electrónicos capazes de aceitar dados e instruções, executar essas instruções para processar os dados, e apresentar os resultados”. (in Academic Press Dictionary of Science Technology)

O computador é uma máquina que processa informações electronicamente, na forma de dados e pode ser programado para as mais diversas tarefas.

As fases do processamento são:

· Entrada de Dados (Informações iniciais)
· Processamento (Instruções)
· Saída de Dados (Resultados)
Assim, computador pode ser esquematicamente entendido como:


Figura 1. Esquema conceptual básico de computador


1. Hardware
É a parte física do computador, ou seja, o conjunto de dispositivos responsáveis pelo processamento das informações.
Ex: teclado, vídeo, impressora, rato, caixas de som etc.

2. Software
São programas (conjunto de instruções) necessários para que o computador possa realizar tarefas, auxiliando e agilizando o trabalho do usuário.
Ex: Windows, Word, Excel, Power Point, Corel Draw etc.

3. Memórias
As Memórias são definidas como dispositivos electrónicos responsáveis pelo armazenamento de informações e instruções utilizadas pelo computador.

3.1. RAM (Randon Access Memory)


Memória de acesso aleatório onde são armazenados dados em tempo de processamento, isto é, enquanto o computador estiver ligado, e também todas as informações que estiverem a ser executadas, pois essa memória é mantida por pulsos eléctricos. Todo o conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina, por isso é chamada de volátil.


3.2. ROM (Read Only Memory)


Memória não volátil, ou seja, somente de leitura, pois a informação gravada não pode ser apagada. Nesta estão as características do fabricante e um programa chamado BIOS, que comanda todas as operações de Entrada e Saída de dados no computador.
A ROM é permanente e não perde os seus dados ao desligar o computador.


4. BIOS (Basic Input Output System)
A função do BIOS é a comunicação, ele permite ao processador comunicar com outras partes do computador tal como o vídeo, impressora, teclado, entre outros. Contém informações que foram gravadas pelo fabricante do computador, estão permanentemente gravadas e não podem ser alteradas.
A classificação de um determinado computador pode ser feita de diversas maneiras, como por exemplo em termos de:
· capacidade de processamento;
· velocidade de processamento e volume de transacções;
· capacidade de armazenamento das informações;
· sofisticação do software disponível e compatibilidade;
· tamanho da memória e tipo de UCP.


Monitores


Um monitor é um dispositivo de saída do computador que serve de interface visual para o usuário, na medida em que permite a visualização dos dados e a sua interacção com eles.
Os monitores são classificados de acordo com a tecnologia de visualização utilizadas na formação da imagem.

1. Monitor CRT


Um monitor CRT (Cathodic Ray Tube) (Tubo de raios catódicos) é o monitor "tradicional", em que a tela é repetidamente atingida por um feixe de electrões, que actuam no material fosforescente que a reveste, formando assim as imagens.


Este tipo de monitor tem como principais vantagens:
. Uma longa vida útil.
. Baixo custo de fabricação.
. Grande banda dinâmica de cores e contrastes.
. Grande versatilidade (uma vez que pode funcionar em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distorções na imagem).



As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:
. As suas dimensões (um monitor CRT de 20 polegadas pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de 20kg)
. O consumo elevado de energia.
. O efeito de cintilação (flicker).
. A possibilidade de emitir radiação que está fora do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de longos períodos de exposição.

2. Monitor TFT-LCD


LCD (Liquid Cristal Display, tela de cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é composta por cristais que são polarizados para gerar as cores.


Tem como vantagens:
. O baixo consumo de energia.
. As dimensões reduzidas.
. A não-emissão de radiações nocivas.
. A capacidade de formar uma imagem praticamente perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a visão - desde que esteja a operar na resolução nativa.

As maiores desvantagens são:
. O maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a diminuir à medida em que o mesmo se for tornando mais popular).
. Um facto não divulgado pelos fabricantes: se o cristal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o óxido de zinco e o sulfato de zinco. Este será um problema quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia chegarem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).

Texto retirado de wikipedia.org

STC, Sandra Antunes

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DR3 - CLC Mass Media


A necessidade de informação é inerente ao ser humano.
Já vai lá longe o tempo em que os meios de comunicação eram os tambores, os sinais de fumo, as fogueiras, o pombo-correio ou o correio a cavalo. Não esqueçamos, no entanto, que o invento de Gutenberg impulsionou a expansão da informação; a rádio possibilitou a transmissão de mensagens e, após a Segunda Grande Guerra, o aparecimento da televisão permitiu que o Homem se consciencializasse de que, para estar informado, não necessitava de sair de casa.
A informação tornou-se, assim, um fenómeno social (mass media) que se entende a todos os hemisférios, todas as camadas sociais.
Mass media é uma expressão formada pela palavra anglo-saxónica “mass” e pela palavra latina “media” (plural de “médium” = meio), isto é, os mass media são os meios de comunicação social.
Os mass media são intermediários, uma vez que são meios de difusão; são artificiais, sobretudo electrónicos, dirigidos a públicos específicos.
É de realçar que esta capacidade de produzir e difundir informação possibilita a criação de “imagens comuns” que, implicitamente, originam uma consciência de identidade cultural, social e linguística que determina o sentimento de pertença do indivíduo à comunidade e/ou a rejeição individual ou colectiva daqueles que se afastam do “modelo” social.

Características:
- a informação é dirigida a grandes audiências, heterogéneas e anónimas
- a transmissão das mensagens é pública, para atingir a maioria dos membros da audiência
- a mensagem tem um carácter transitório
- o comunicador opera dentro de uma organização complexa que envolve grandes despesas.


CLC - Ana Vaz

quarta-feira, 20 de maio de 2009

DR2 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

O Computador e a Sociedade




As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão no epicentro das mudanças e desenvolvimento das sociedades actuais, que ocorrem de forma rápida e imprevisível, desempenhando um papel preponderante para a evolução de muitas sociedades e economias.
É incontestável o uso generalizado das TIC entre as gerações mais novas, em que o telemóvel, computador e televisão são os preferidos. As novas tecnologias estão a alterar de forma profunda a vida em sociedade, criando mesmo um novo paradigma civilizacional.
Esta "revolução" tem vantagens mas também grandes desafios, como a capacidade de resposta das escolas em responder e acompanhar os crescentes desenvolvimentos das novas gerações.
É um facto que com as TIC estamos a mudar os comportamentos e estilos de vida. Esta alteração profunda provocada pela tecnologia, que está a criar novos hábitos e estilos de vida, tem aspectos bastante positivos. Com as novas tecnologias, a geração digital vai muito mais além dos comportamentos básicos, alargando os contactos e reforçando as relações entre pessoas.
Há trinta anos atrás ninguém tinha um fax, nem telemóvel, não existia e-mail. Hoje existem no mundo mais de 800 milhões de utilizadores da Internet, enviam-se mais de 3 biliões de e-mail´s/dia, existem aproximadamente 1,5 biliões de telemóveis e as redes sem fio crescem na ordem dos 300% ao ano. Nos próximos 30 anos teremos mudanças ainda mais drásticas do que aconteceram no século XX.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão a transformar as organizações, redefinindo as profissões e talentos. A nível individual será mais do que necessário a habilidade de compreender e usar as TIC. Podemos afirmar que a alfabetização digital será essencial para o mercado do emprego, para a participação cívica, acesso à educação e vai na verdade, revolucionar a forma de trabalhar, viver, jogar e aprender. No século das gerações digitais, oito dos dez mais procurados dos empregos a nível mundial hão-de requerer conhecimentos de computadores.

Sistemas Operativos


Software de aplicação é o programa de tratamento de imagem, vídeo ou som, bem como os processadores de texto, folhas de cálculo, enciclopédias e dicionários. O software de aplicação é criado para executar tarefas específicas no computador e são executados a pedido do utilizador.
O sistema operativo mais famoso terá sido possivelmente o MS-DOS da Microsoft. Trata-se de um sistema operativo em linha de comando, em que tinha que se escrever as instruções no computador através do teclado. Mais tarde uma interface gráfica foi adicionada ao MS-DOS e foi chamada de Windows (ainda existia o mesmo sistema de linha de comandos MS-DOS mas os clicks do rato nos ícones e objectos traduziam-se em comandos.) Clicar numa pasta e ver o seu conteúdo era igual a escrever DIR, mas com os resultados apresentados em modo gráfico.
Ao longo dos anos, o Windows tornou-se mais avançado e nos dias de hoje é um sistema operativo de multi-tarefa (quer dizer que mais do que um programa pode ser executado ao mesmo tempo). O Windows tem várias versões que se adaptaram aos vários moldes de trabalho. As alternativas para o Windows são o Unix/linux e o MacOS para Macintosh.
STC, Sandra Antunes

terça-feira, 12 de maio de 2009

DR2 - CLC Trabalho de Grupo

COMPETÊNCIA: Lidar com a micro e macro electrónica em contextos socioprofissionais identificando as suas mais valias na sistematização da informação, decorrentes também da especificidade de linguagens e programação empregues.

1. TRABALHO DE GRUPO: Apresentação, em PowerPoint, relativa ao tema em abordagem.



Dos seguintes temas escolham apenas UM para a realização do vosso trabalho.

A. As características técnicas do computador;
B. Vantagens da organização da informação em base de dados;
C. O computador na educação do indivíduo;
D. Virtualidades da utilização do computador;
E. O computador na organização do trabalho em vários sectores.

2. TRABALHO INDIVIDUAL: Depois de ouvir com atenção a apresentação dos trabalhos de grupo, elabore uma reflexão crítica sobre o tema deste Domínio de Referência e faça a postagem desta no seu blog.

CLC - Ana Vaz

DR2 - CLC Informática: o Futuro, Hoje


Nas últimas décadas, vários aspectos da nossa vida têm sofrido grandes transformações e, sem dúvida, os computadores e a moderna tecnologia da informática cumprem um papel decisivo nessas transformações.

Há pouco mais de 40 anos, uma viagem à lua, teleconferências, levantamento de dinheiro em caixas multibanco, sofisticados exames clínicos e robôs que constroem outras máquinas eram, na mais optimista das hipóteses, temas que apenas apareciam nos livros de ficção científica, possíveis apenas num futuro ainda longínquo. Nos dias de hoje, graças ao desenvolvimento dos computadores e da tecnologia da informação, essa ficção futurística tornou-se uma realidade quotidiana.

Se considerarmos um homem comum numa grande cidade, poderemos perceber, acompanhando o seu dia-a-dia, os quantos contactos tem este com a informática. Ao retirar dinheiro num caixa multibanto, ao utilizar o telefone e até quando lê o jornal diário, o homem moderno utiliza a informática. No entanto, entre os diversos aspectos através dos quais esse tipo de tecnologia se manifesta, inegavelmente é o microcomputador aquele que mais revela a presença da informática no mundo de hoje. A sua popularidade, tem sido a responsável por uma verdadeira revolução nos nossos hábitos e na nossa organização social.

A informática que torna a INFORmação autoMÁTICA não deve intimidar e tão pouco iludir. Tanto esta como os computadores foram criados para resolver problemas e auxiliar as pessoas.

Hoje, podemos constatar o avanço tecnológico em diversas áreas como na medicina, telecomunicações, transportes, educação, etc. Sem dúvida, esta tecnologia que nos tem acompanhado e continuará cada vez mais nos próximos anos, permitirá que novos progressos venham a ser conquistados, em prazos cada vez mais curtos, alterando ainda mais os nossos hábitos e a nossa organização social, transformando o FUTURO em PRESENTE.
CLC - Ana Vaz

DR1 - STC FICHA INFORMATIVA Nº3

Ondas electromagnéticas


De toda a energia radiada pelo Sol, só uma pequena parte chega à Terra.
Fig.1. Radiação solar que atinge a superfície da Terra.



A Terra emite a energia que recebe. Todos os corpos emitem energia.

A quantidade de energia emitida por um corpo depende da sua área, da sua temperatura, e de outros factores. Quando de fala em energia radiante estamos a falar de ondas electromagnéticas ou ondas de luz.
É importante tomarmos consciência de como estamos imersos em ondas electromagnéticas. Iniciando pelo Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres, cuja vida depende do calor e da luz recebidos através de ondas electromagnéticas, e continuando pela utilidade prática nas suas utilizações em muitos ramos da ciência. Há ainda as fontes terrestres de radiação electromagnética: as estações de rádio e de TV, o sistema de telecomunicações à base de microondas, lâmpadas artificiais e muitas outras.
A era das telecomunicações conheceu uma evolução extraordinária. Em Janeiro de 2004, o mundo observou, em directo, via satélite, as primeiras imagens do robô Spirit a deslocar-se na superfície do planeta Marte. São as radiações electromagnéticas que permitem a transmissão de sinais a longas distâncias. Hoje em dia, é possível transmitir informações, através de sinais, entre diferentes zonas do globo. Estas informações “transportam” textos, dados, som, imagem e vídeo.
Comecemos por caracterizar as ondas de uma maneira geral.
Todas as ondas têm aspectos comuns. A figura 2 mostra ondas numa corda quando se agita a sua extremidade para cima e para baixo. Cada ponto da corda move-se para cima e depois para baixo, novamente para cima, para baixo, e assim sucessivamente...


Fig.2. Ondas numa corda que são provocadas por agitação da mão.


Uma onda é, portanto, a propagação de uma “perturbação”. No caso da figura 2 “perturbação” é o deslocamento vertical dos pontos da corda; no caso da figura 3 é o deslocamento (também vertical) dos pontos da superfície do líquido.


Fig.3. Onda do mar que se desloca da esquerda para a direita mostram-se duas imagens em instantes diferentes). A bóia apenas oscila verticalmente.


As ondas, sejam elas quais forem, numa corda, no mar, no ar, na Terra, precisam de um meio para se propagar. Mas as ondas electromagnéticas não! Propagam-se mesmo no vazio. Apesar de o espaço entre o Sol e a Terra ser vazio, a radiação solar - constituída por ondas electromagnéticas - chega à Terra.


Todas as ondas, independentemente da sua natureza, podem ser descritas por quatro características:
· amplitude;
· comprimento de onda;
· período;
· frequência.

A amplitude indica se a onda é mais ou menos intensa. O comprimento de onda e o período estão relacionados com a repetição no espaço e no tempo. A repetição espacial de uma onda é caracterizada pelo comprimento da onda, ao passo que a repetição temporal é caracterizada pelo período. Para estudarmos a varrição de uma onda no espaço, temos de considerar um certo instante no tempo. Por outro lado, para estudarmos a sua dependência temporal, temos que nos fixar num certo ponto do espaço.

Fig.4. Evolução no espaço de uma onda. Indica-se a amplitude, A, e o comprimento de onda, l.


A figura 4 representa a evolução de uma onda no espaço. Se se tratar de uma onda numa corda, o que se representa é o deslocamento vertical dos vários pontos da corda num certo instante fixo, em função da posição ao longo do eixo dos xx. A amplitude, A, e o comprimento de onda, l, estão indicados na figura. A amplitude é o afastamento máximo e o comprimento de onda é a distância entre pontos como P e P’ que estão na mesma fase de vibração. Dizer que estão na mesma fase significa que os pontos se encontram em idênticas condições.

A unidade de comprimento de onda no Sistema Internacional é o metro.
Vejamos agora a onda do ponto de vista da variação temporal (ver figura 5). No caso da onda na corda, o que está representado é o deslocamento vertical de um dado ponto da corda em função do tempo. A amplitude e o período estão indicados na Fig.5.


Fig.5. Evolução no tempo de uma onda, indicando-se a amplitude, A, e o período, T.

O período, que se designa por T, é o tempo de um ciclo completo ou seja, de uma repetição no tempo. Por exemplo, um período é o intervalo de tempo entre o instante t1 e o instante t2: T = t2 - t1 (ver Fig.4). A unidade de período no Sistema Internacional é o segundo.
A frequência, que se designa por f, é definida como o inverso do período.
A unidade de frequência no Sistema Internacional é o s-1, que se designa por hertz (símbolo Hz) em homenagem ao físico alemão Heinrich Hertz, que viveu nos séculos XIX e XX. (Múltiplos do Hz: quilohertz (1kHz = 103Hz); megahertz (1MHz = 106Hz); gigahertz (1GHz = 109Hz)).
Podemos interpretar a frequência como o número de ciclos efectuados numa unidade de tempo. Por exemplo, se o período for 0,5 s, isso significa que num segundo há 2 ciclos completos.
Na região centro de Portugal, a Antena 1 emite em FM com frequência 94,9 MHz. Isso significa que o campo eléctrico e o campo magnético da onda electromagnética emitida por uma antena desta rádio executa 94,9 milhões de ciclos em cada segundo.
O comprimento de onda e o período estão relacionados. A velocidade de propagação da onda é a razão entre o comprimento de onda e o seu período, o que significa que num período a onda progride uma distância exactamente igual ao seu comprimento de onda.
STC, Sandra Antunes

segunda-feira, 11 de maio de 2009

DR1 - STC FICHA INFORMATIVA Nº2

Componentes principais de um telemóvel




"Tal como muitos outros aparelhos do nosso dia-a-dia o telemóvel é um verdadeiro mistério para a maior parte das pessoas. Na verdade, um telemóvel não é realmente um telefone, mas um aparelho de rádio que funciona de um modo análogo a um rádio amador…”
Excerto de http://www.telemoveis.com/articles/item.asp?ID=14#6


Os telemóveis passaram a fazer parte integrante da nossa sociedade visto que já se torna difícil nos dias de hoje passar sem ele. Grande percentagem de pessoas possui pelo menos um telemóvel. O telemóvel possui agenda, lista de contactos, rádio, consola de jogos, entre outras funções… São de fácil utilização e cada vez mais substitui o próprio computador.


Vantagens dos Telemóveis
- Torna as pessoas sempre contactáveis, principalmente a nível profissional;
- A nível privado, é muito útil em situações de emergência e quando as pessoas se encontram longe;
- Uma das novas funcionalidades é a câmara de vídeo e fotográfica que permitem a troca de imagens entre as pessoas;
- Podemos personalizar o nosso telemóvel a nível de toques e ter a nossa música sempre presente.


Desvantagens do Telemóvel
- Quebrar o diálogo directo já que é mais fácil mandar mensagens escritas ou falar via telemóvel;
- Estudos existentes provam que o uso do telemóvel é prejudicial à saúde;
- O abandono dos telemóveis em sítios impróprios é prejudicial para o ambiente, porque contém substâncias nocivas.



STC, Sandra Antunes

DR1 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

A Sociedade do Telemóvel


Os desenvolvimentos tecnológicos têm consequências, muitas vezes imprevistas, sobre a estrutura social das sociedades. Poderemos falar na emergência de uma sociedade do telemóvel?
Segundo Anthony Giddens o termo modernidade refere-se aos modos de vida e de organização social que emergiram na Europa por volta do século XVII. Para o autor "a modernidade altera radicalmente a natureza da vida social quotidiana e afecta os aspectos mais pessoais da nossa experiência. (...) A vida social moderna caracteriza-se por processos profundos da reorganização do tempo e do espaço, aliados à expansão de mecanismos de descontextualização – mecanismos conducentes à abstracção das relações sociais de localizações específicas, recombinando-se através de vastas distâncias de espaço-tempo". O telemóvel altera radicalmente estas distâncias.
O objecto que mais mudou os nossos hábitos sociais não é o computador, nem a Internet, nem o cabo, é o telemóvel. (...)
É o caso do relógio que saiu do laboratório das excentricidades, um pouco como precursor de um Meccano ou um Lego moderno, ou de um jogo de habilidade mecânica, ou de um objecto de luxo tão curioso como inútil, para se transformar numa necessidade tão vital que biliões de homens o trazem no pulso. Se exceptuarmos o uso dos relógios nos navios para calcular a longitude, os relógios não serviam para nada quando a esmagadora maioria das pessoas trabalhava de sol a sol, ou ao ciclo das estações, e estas dependiam de um calendário que estava escrito nos astros. Calendários eram precisos, relógios não eram precisos, até ao momento em que a Revolução Industrial apareceu e mudou quase tudo por onde passou. Milhões de pessoas vieram dos campos para as cidades, para as fábricas e para as minas, e precisavam de horas. O relógio subiu primeiro para as torres ou para o centro da fachada neoclássica das fábricas e lá continuou, passando depois para dentro, e depois para o bolso dos ricos e por fim para o pulso de todos. Hoje o relógio ordena o nosso tempo com um rigor muito para além do biológico e manda no nosso corpo, como nenhum objecto do passado. É tão presente que parece invisível, nem damos por ela que está lá, é parte do nosso corpo, mais do que objecto estranho. Um figurante do Ben Hur esqueceu-se dele, e nos filmes há quem vá para a cama sem ser para dormir, só vestido no pulso.

(...) Luta-se por um telemóvel, porque num telemóvel de um adolescente está muito do seu mundo: telefones dos amigos, telefone dos namorados, passwords, fotografias, mensagens, vídeos, o equivalente a um diário pessoal, em muitos casos mais íntimo que um diário à antiga, com a sua chavinha de brincar que dava a ilusão de que ninguém o lia. À medida que se caminha pela idade acima o conteúdo do telemóvel muda, mas continua pessoal e intransmissível, com os SMS comprometedores que arruínam muitos casamentos, até se tornar quase um telefone de emergência que os filhos dão aos pais com os números deles já gravados e os das emergências: "é só carregar aqui e eu atendo, se houver qualquer problema, assim não se sente sozinho." Sente. (...)

(...) o magnífico instrumento de controlo que é o telemóvel, pessoa a pessoa, numa rede que prende os indivíduos numa impossível fuga àquilo que é o objecto sempre presente, sempre ligado (os telemóveis desligados são de desconfiar), no qual a primeira pergunta é sempre "onde tu estás?", uma pergunta sem sentido no telefone fixo, esse anacronismo. Adolescentes jovens ou tardios, casais, maridos, mulheres, amantes, namorados, patrões e empregados, jogam todos os dias esse jogo do controlo muito mais importante do que a necessidade de falar ao telemóvel. Na verdade a esmagadora maioria das chamadas de telemóvel não tem qualquer objecto ou necessidade de ser feita, ninguém as faria num mundo de telefones fixos, que não seja pelo controlo, pela presentificação do indivíduo no seu jogo de inseguranças, solidões, afectos, e medos, através da caixa electrónica que se segura numa mão.

Não é a necessidade que justifica a presença quase universal dos telemóveis desde as crianças de seis anos até aos velhos, os milhões de chamadas a qualquer hora do dia, em qualquer sítio, da missa à sala de aulas, do carro à cama, é o complexo jogo de interacções sociais que ele permite, sem as quais já não sabemos viver. Viver num mundo muito diferente e cada vez mais diferente.
José Pacheco Pereira – PÚBLICO, 12/ABRIL/2008

A cultura e a dependência da imagem que caracterizam os jovens de hoje exigem novas abordagens. E assim chegamos ao telemóvel, afinal o protagonista desta triste história. Um pequeno telefone é um herói para o seu jovem dono, espécie de prolongamento do seu corpo e definidor dos seus relacionamentos: com ele se namora, se evita a solidão, se copia nos testes, se recebem ralhos ou mimos dos pais, se goza com os políticos ou os professores. As mensagens escritas, gratuitas em muitos casos por jogada bem calculada das operadoras, são os "papelinhos" trocados à socapa dos velhos tempos. Mais do que isso: com as câmaras de filmar dos telemóveis, registam-se cenas sexuais depois exibidas sem pudor ou, na terrível moda do "happy slapping", um adolescente agride outro desprevenido, para riso de um grupo que filma a cena.
Daniel Sampaio - PÚBLICO, 30/MARÇO/2008

Retirado de um texto de José Neto.

STC, Sandra Antunes

segunda-feira, 4 de maio de 2009

DR1 - CLC Escrita SMS: um desafio!


Hoje em dia a escrita SMS é a mais comum entre os jovens. Por isso, coloco-lhe este desafio: leia, atentamente, os seguintes textos e tente decifrá-los.


Axu incrvl cm nc ng reflctiu sbr ixt! E 1a verg akl k x paxa hj em dia...Ja alg leu 1a sms de qqlr adulxcent k p/aki anda? Cnxeguiram prcebr alg? Ng prceb nd! E impxvl prcebr alg coisa....N xei x akl e 1 codigu pa k ng percba, ms e 1a verg...Qqlr dia resp aos test axim, ou excrevem livrus nakls codigus exkisits...Eu axu vergunhoso...Imaginm x eu xcrevess axim no blog??


tens razão tens razão...pensu k inicialmente esta linguagem mais abreviada tenha surgidu cm necessidade de digitar + rapidamente a mensagem...mas agr....bem...creio k se trate + de moda do k exa tal preocupação! por exemplo...pk k eu no inicio do text screvi "pensu" e ñ "penso"?, afinal a pelavra tem o mesm num. de letras....lá está... .... mas tá mal...mt mal.....lol **bhexu GnD**


CLC - Ana Vaz

terça-feira, 28 de abril de 2009

DR1 - CLC Deixem-se de conversa


Marcar um número e ligar a um amigo, enviar mensagens por SMS, tirar fotos e enviá-las são gestos triviais do quotidiano. Mas a banalidade destas acções pode ser posta em causa com a recente pesquisa de uma equipa de cientistas suecos liderada pelo neurocirurgião Leif Salford.

Este médico, que se tem dedicado a um estudo profundo dos telemóveis e dos seus efeitos no sistema nervoso, chegou a uma conclusão alarmante. As radiações electromagnéticas produzidas por estes aparelhos – que não são propriamente novidade, ao contrário das possíveis consequências sobre o cérebro – podem matar os neurónios. O estudo será publicado em Abril nos EUA, no jornal Nacional Institute of Environmental Health Sciences, e promete dar brado.

A provar-se tal hipótese, muitos afirmam que os processos judiciais em torno dos telemóveis serão, num futuro próximo, tão abundantes quanto as acções movidas devido ao consumo, activo ou passivo, de tabaco.

A experiência de Salford – que estuda esta questão desde 1992 – foi desenvolvida em ratos e centrou-se na chamada barreira hemato-encefálica, situada no cérebro, cuja função consiste em seleccionar e separar moléculas, proteínas e outros elementos daquele órgão. Esta barreira funciona como um filtro e a acção das radiações dos telemóveis sobre ela pode, segundo Salford, ser nefasta na medida em que a rompe, permitindo a entrada de substâncias nocivas ao cérebro. Elementos como a albumina, a partir do momento em que ultrapassem esta barreira, podem alterar os neurónios.

Para José Maria Bravo Marques, director do serviço de Neurologia do Instituto Português de Oncologia, poderemos estar perante novos dados na pesquisa das radiações dos telemóveis, pois até agora «não há nenhum estudo documentado que prove a relação das radiações electromagnéticas», com problemas oncológicos. Será necessário construir novos grupos de trabalho para produzir e tentar confirmar a pesquisa de Leif Salford.

Os operadores, por seu lado, mantêm atentos a toda a legislação nova sobre a matéria e remetem para os níveis mínimos sugeridos pelos padrões europeus. A norma actual estipula um limite de exposição a campos electromagnéticos em 300 ghz e foi determinada na sequência das polémicas sobre espaços mais adequados para a instalação de antenas de telemóveis. Mas os problemas não acabam aqui. As recomendações da praxe – não estar muito tempo em contacto com o aparelho, afastá-lo dos órgãos vitais como o coração e o cérebro, entre outras – também não parecem dar certezas absolutas de segurança. No entanto, segundo Isabel Ramos, presidente da Sociedade Portuguesa de Radiologia, a questão está em «medir a relação entre os benefícios e os malefícios das radiações». Os especialistas que devem determinar esse nível, tendo em conta que vale a pena utilizá-las quando as vantagens superam os constrangimentos. Neste caso, o que se ganhou com os avanços nas telecomunicações faz esquecer qualquer mal que aí advenha.

Contudo, devemos ter em conta um princípio: o uso dos telemóveis dever ser moderado, principalmente entre os mais jovens, cujas células têm menos defesas contra as radiações. São eles, acima de tudo, quem se deve deixar de conversa fiada.

Ricardo Nabais, in Única (Expresso), 1 de Março de 2003
CLC - Ana Vaz