terça-feira, 23 de junho de 2009

DR4 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

A Internet

A Internet é uma rede de computadores que surgiu em 1969 (apenas com 4 computadores se constituiu a ARPAnet em 2 de Setembro de 1969), de um projecto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que tinha como objectivo a interligação de computadores utilizados em centros de investigação com fins militares.
Hoje, ninguém coloca em causa a necessidade de mais dia, menos dia, se vir a ligar à Internet. Seria capaz de imaginar a vida actual sem televisão, telefone ou automóvel? Há poucas décadas atrás, muita gente pensava tratarem-se de "luxos supérfulos". Hoje são uma necessidade indiscutível e o mesmo aconteceu com a Internet.
A Internet é não só um meio de entretenimento (já integrada com o próprio televisor ou telemóvel), mas principalmente um meio pelo qual se pode comunicar com todo o mundo, pelo qual se pode deslocar ao mais recôndito local do planeta e, principalmente, pelo qual se tem ao dispôr toda a informação actualmente existente, sobre qualquer assunto que possa imaginar.
A Internet é, pois, uma imensa rede mundial de computadores, mais concretamente um conjunto de redes e sub-redes, situadas em todos os pontos do globo, compostas por computadores de todos os tipos, operados por pessoas de todas as idades, raças, religiões e personalidades. De facto, a Internet torna-se cada vez mais uma ferramenta e não um passatempo.


Quem controla a Internet?

Um dos fascínios da Internet é que ninguém a controla, embora um dos grandes receios associados à mesma seja a perda de liberdade. Embora as atitudes de alguns utilizadores tenham vindo a obrigar intervenções governamentais (por exemplo, no controlo da pornografia), a gestão de toda a informação e relacionamento entre os utilizadores da Internet cabe-lhe fundamentalmente a eles, utilizadores. Não existem leis mas existe um conjunto de regras: a chamada Netiquette (é o conjunto de regras de etiqueta na Internet, para seu uso de forma socialmente responsável, ou seja, é o modo como os usuários se devem comportar na rede). A Internet, além de descentralizada, é anárquica, e foi crescendo numa base de colaboração voluntária e democrática por parte de muitas pessoas. Existem, no entanto, algumas organizações que desempenham um papel de coordenação: ISOC (Internet Society), IAB (Internet Architecture Board), IETF (Internet Engineering Task Force).
Em Portugal, esta gestão de atribuição de nomes aos servidores é controlado pela FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional).


Vantagens da Internet


Não existem dúvidas que a Internet tem múltiplas vantagens:

. Interactividade: O utilizador não é passivo da informação, pode escolher como quer vê-la e dar uma resposta directa;
. Produtividade: Há a possibilidade de realizar comércio electrónico (e-commerce), intercâmbio de informação, uso de dispositivos e recursos remotos (sistemas de e-learning);
. Actualidade: Os documentos na rede actualizam-se continuamente. É a sua especial maneira de estarem (vivos) e, portanto, de serem realmente eficazes, úteis e rentáveis;
. Economia: A informação a que se tem acesso, desde qualquer parte do mundo, está no computador de cada um de uma forma rápida e idêntica à original, ao preço de uma chamada local (já existem pacotes 24h/dia, com o pagamento de uma mensalidade) e com um hardware muito económico;
. Globalidade: Uma vez que se entra na rede, tem-se acesso a toda a informação e aos recursos que lá se encontram.


Na Internet, um utilizador pode ter liberdade de expressão. É o único território onde as fronteiras se diluíram e onde não existem quaisquer censuras (há, obviamente, algumas poucas excepções!).



O que se pode fazer na Internet?


O objectivo básico da Internet é fornecer uma partilha de informação. Imagine-se, confortavelmente sentado em sua casa...
observando as últimas imagens de Marte?
consultando os câmbios e aplicações financeiras?
procurando tradução, para uma palavra ou frase, para inglês, alemão, russo ou espanhol?
visitando o museu de Louvre?
Tudo isto parece o paraíso... Não se diria tanto mas, a Internet é de facto o universo da comunicação actual, sem o qual não se iria poder evoluir, estudar ou trabalhar, num futuro próximo.



Serviços da Internet


A Internet oferece vários serviços, entre os quais:


. Correio electrónico (e-mail), utilizada para enviar/receber mensagens e ficheiros (de todo o tipo).
. World Wide Web (WWW), utilizada para consultas de páginas Web e pesquisa de qualquer tipo de informação.
. Grupos (ou fóruns) de discussão (Newsgroups), utilizada para possibilitar a comunicação entre pessoas com interesses comuns.
. Chat (IRC, ICQ, Webchats e Messengers), utilizado para conversação escrita em tempo real. O Skype também permite ligações telefónicas entre dois computadores (ligação gratuita) e entre um computador e um telefone de rede fixa ou móvel (tarifário reduzido).
. File Transfer Protocol (FTP), para procura e transferência de ficheiros (download e upload).
Emulação de terminal (Telnet), para ligação a sistemas remotos.


A Internet permite a ligação a qualquer computador do mundo que também esteja ligado à Internet, não necessitando que esse computador seja do mesmo tipo que o nosso. Esta ligação só é possível graças ao protocolo utilizado, TCP/IP, que pode ser definido como sendo um conjunto de regras referentes à forma de funcionamento da troca de dados entre computadores.
Durante os primeiros anos da década de 90 (digamos até 1994), em Portugal, apenas algumas centenas de pessoas, na comunidade académica e científica, faziam uso regular da Internet. Durante o ano de 1995 o crescimento acelerado da Internet em Portugal foi acompanhado por uma maior viabilidade social, com a criação de sites de alguns órgãos de comunicação social: Público, Jornal de Notícias, Rádio Comercial e TVI. De facto, apenas nos últimos anos se começou a alargar a utilização da Internet em Portugal.
Primeiro, através das Universidades e Centros de I&D (Investigação e Desenvolvimento). Mais tarde, com o aparecimento de diversos ISP (Internet Service Providers), deu-se a ligação à rede de um número cada vez maior de empresas, organismos públicos e utilizadores individuais.


· IP - Sigla de Internet Protocol, ou protocolo Internet. Um endereço IP é um identificador único atribuído a um computador numa rede de computadores com o protocolo TCP/IP. Quando se liga à Internet através do seu ISP, é-lhe atribuído um endereço IP. Este endereço pode ser estático (não muda), mas é muito mais comum que seja um endereço dinâmico, o que significa que o seu ISP lhe atribui um endereço que será sempre diferente de cada vez que inicia uma sessão. O endereço é de 32 bits e, por uma questão de simplificação, é normalmente escrito sob a forma de quatro números decimais, cada um compreendido entre 0 e 255, separados por pontos finais, como por exemplo: 193.65.231.2


· ADSL - Sigla de Asymmetric Digital Subscriber Line, é uma tecnologia concebida para proporcionar velocidades de ligação à Internet extremamente elevadas (desde 512 kbps a 8 Mbps) através de uma linha telefónica normal. Desta forma é possível ligar-se à Internet a alta velocidade sem ter de instalar novos cabos.


· Wi-Fi foi na sua origem uma marca licenciada pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes locais sem fios (WLAN - wireless local area networks) baseada na norma IEEE 802.11. Na actualidade, 2007, o termo Wi-Fi usa-se maioritariamente para descrever o interface genérico sem fios de dispositivos informáticos móveis, tais como computadores portáteis em redes locais (LANs). O termo Wi-Fi foi escolhido com base no termo Hi-Fi, e é com frequência erradamente interpretado como uma abreviatura de wireless fidelity. Wi-Fi e o logotipo Wi-Fi Certified são marcas registadas da Wi-Fi Alliance, a organização comercial que testa e aprova equipamento de acordo com as normas 802.11x.
Utilizações comuns do Wi-Fi incluem acesso à Internet e telefonia VoIP (voz sobre IP), jogos e entretenimento, e conectividade em rede para electrónica de consumo tais como televisões, leitores de DVD e câmaras de filmar digitais. Embora tenha havido relatos da comunicação social acerca de possíveis perigos para a saúde provocados pelo Wi-Fi, estudos científicos não conseguiram provar tal facto.

Exemplo de rede Wi-fi

STC, Sandra Antunes

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DR4 - CLC Arte Digital


Arte digital ou Arte de computador é aquela produzida num ambiente gráfico computacional e utiliza-se processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de dar vida virtual às coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais.
CLC Ana Vaz

terça-feira, 16 de junho de 2009

DR4 - CLC Breve história da Internet

A Internet é uma rede de redes em escala mundial de milhões de computadores que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados (download e upload).
Alguns dos serviços disponíveis na Internet, além da Web, são a transferência de arquivos (FTP), o correio electrónico (e-mail normalmente através dos protocolos POP3 e SMTP), boletins electrónicos (news ou grupos de notícias), chats, mensagens instantâneas (MSN Messenger, SAPO Messenger, Yahoo Messenger, Blogs).
Devido à situação política ocorrente e por alguns motivos de segurança, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América criou em Fevereiro de 1958 a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency). A DARPA foi criada para ser utilizada na Guerra-Fria, pois com esta rede promissora, os dados valiosos do governo americano estariam espalhados em vários lugares, ao invés de centralizados em apenas um servidor. Isso iria evitar a perda dos dados no caso, por exemplo de explosão de uma bomba. Em 1969 a ARPA criou uma rede a ARPANET (Advenced Research Projects Agency Network). Esta rede foi utilizada por cientistas e também foi implementada nas universidades, com a qual os estudantes podiam trocar os resultados de seus estudos e pesquisas de forma mais ágil.
Em Janeiro de 1983, a ARPANET mudou seu protocolo de NCP para TCP/IP, dando início à Internet que conhecemos hoje. Em Agosto de 1991, no CERN na Suiça, Tim Berners-Lee publicou o seu novo projecto para a World Wide Web, surgindo assim os protocolos HTML e http. Em 1993 o Web Browser Mosaic 1.0 foi lançado, e no final de 1994 já havia interesse público na Internet. Em 1996 a palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na maioria das vezes a WWW.
CLC Ana Vaz

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº3

A publicidade e os media


Publicidade… Está por todo o lado: nas ruas, nos meios de transporte, nos mass media, e, principalmente, na televisão, no horário do prime time. A publicidade abrange tudo e podemos dizer, quer abarcar todos, ou pelo menos, aqueles a quem o seu produto se destina… tudo com um só objectivo: vender.
A recessão económica, que usualmente se considera ter sido vivida durante os anos de liberalização da televisão em Portugal, teve repercussões no campo da comunicação social, resultando que os patrocínios e a publicidade se tornem vitais para a viabilidade económica das empresas de comunicação, estabelecendo-se um jogo de forças em termos de audiências televisivas que passa a ser mediado pelo investimento publicitário. Esta situação de dependência relativamente à publicidade tende a ser associada à concorrência directa entre os canais, conduzindo a que, apesar dos elevados custos da publicidade televisiva em Portugal, o número de anunciantes tenha sobrevivido à crise económica.


Leia o seguinte texto:


Crianças e televisão: publicidade pouco saudável


A DECO/PRO TESTE analisou a publicidade na televisão durante uma semana e descobriu que, nalguns dias, a SIC e a TVI abusam do tempo máximo por hora de emissão. Mais: aquilo que as crianças menos devem consumir é o que mais passa nos anúncios.
Para verificar se a lei da televisão é cumprida e avaliar os anúncios sobre alimentação durante a programação infantil, entre 20 e 26 de Setembro último, a DECO/PRO TESTE visionou a emissão dos três canais nacionais de maior audiência (RTP1, SIC e TVI). Em termos de resultados globais, nenhum dos canais excedeu o tempo máximo permitido para emitir publicidade por dia. Já ao nível do tempo de publicidade por hora a DECO/PRO TESTE registou várias situações em que o máximo (12 minutos) foi ultrapassado. Na SIC, a lei foi violada 39 vezes. Em seis casos, o tempo máximo foi ultrapassado em mais de um minuto.
“No caso mais grave, a publicidade ocupou mais de 16 minutos e meio numa hora”, denuncia a edição de Fevereiro da PRO TESTE.
Na TVI, apesar de se terem detectado 34 períodos de uma hora em que foram excedidos os 12 minutos permitidos, apenas uma vez o excesso foi mais significativo. Dessa vez, o tempo de publicidade foi superior a 15 minutos e meio. Embora emita mais tempo de publicidade globalmente, a TVI apresenta uma atenta repartição da mesma.
No período analisado, a RTP1 atingiu quase 8 minutos de publicidade no máximo, não violando a lei. Entre o seu tempo diário de emissão, a RTP1 foi o canal que emitiu menos publicidade (9%).
O sector da alimentação e bebidas é o que tem maior peso na publicidade. Durante a programação infantil, este tema representa quase metade do total de anúncios no conjunto dos três canais.
Anúncios demasiado doces e gordos, denuncia a DECO/PRO TESTE
Durante a programação infantil, a maioria dos anúncios mostra bolos, bolachas, cereais de pequeno-almoço açucarados e aperitivos salgados. Todos estes produtos são ricos em açúcar, gordura ou sal. Ou seja, parte significativa da publicidade é dedicada a produtos que, numa dieta alimentar saudável e equilibrada, devem ser consumidos com moderação.

Para promover os produtos, são usadas algumas estratégias, como brindes, desenhos animados e a imagem da mãe. Por exemplo, um terço dos anúncios recorre a desenhos animados. É o caso de alguns cereais de pequeno-almoço. “Num terço dos anúncios, a mensagem nutricional pode ser mal interpretada e levar a comportamentos errados”, revela a revista dos consumidores. Tal ocorre com a Sunquik, Um Bongo, Kinder, Pescanova, Phoskitos, Cola Cao e Nestlé. A figura da mãe, família ou escola aparece em quase um quinto dos anúncios e inclui as marcas Kinder, Sunquik, Phoskitos, Um Bongo e Nestlé. A estratégia é a mãe aprovar e recomendar estes produtos às crianças.
Apesar de menos publicitados, durante a programação infantil, a DECO/PRO TESTE encontrou anúncios a produtos, como iogurtes e queijos. Já os anúncios que encorajem o consumo de fruta, vegetais e peixe são inexistentes.
O excesso de anúncios sobre alimentos de alto teor energético é classificado entre os factores de risco para a obesidade pela Organização Mundial de Saúde. E os adolescentes portugueses, com destaque para as raparigas, encontram-se entre os mais gordos da Europa.
Consumidores exigem
A SIC e TVI cometem alguns atropelos à lei da televisão e os anunciantes fazem passar, sobretudo, produtos alimentares pouco interessantes do ponto de vista nutricional. Segundo a DECO/PRO TESTE, é urgente actuar a vários níveis: Governo, estações emissoras, agentes de publicidade, Instituto do Consumidor, escolas, pais e consumidores.Os operadores de televisão têm de cumprir os tempos permitidos para as mensagens publicitárias. Para assegurá-lo, o Instituto do Consumidor deve intensificar a sua acção de fiscalização. Uma boa ideia é a divulgação pública dos infractores e das coimas aplicadas.
É também urgente apostar em campanhas de sensibilização para uma alimentação saudável e que alertem para os riscos da obesidade. O excesso de peso está associado a inúmeros problemas, como diabetes e doenças cardiovasculares. Não é por acaso que a Organização Mundial de Saúde considera a obesidade como um problema grave, chamando-lhe já a “epidemia do século XXI”.Outra solução complementar passa por um código de conduta, feito com a participação da sociedade civil e aplicado pelos canais e agentes da publicidade. Os profissionais do sector deveriam adoptar um código de boas práticas para a publicidade dirigida a crianças, sobretudo em matéria de alimentação. É importante que todos sigam as regras e sejam responsáveis.
Quanto ao consumidor, pode e deve adoptar uma atitude crítica face à publicidade e ajudar os seus filhos a interpretar as mensagens publicitárias. Nesta matéria, as escolas têm também um importante papel a desempenhar. Há que apostar em projectos de educação alimentar e audiovisual. A DECO/PRO TESTE lança um último apelo: “Nenhum dos agentes neste assunto se pode demitir da sua responsabilidade. É a saúde, actual e futura, dos consumidores que está em jogo”.


PRO TESTE n.º 255 – Fevereiro de 2005 – Páginas 8 a 12



STC, Sandra Antunes

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº2

O papel dos satélites nas comunicações


“Primeiro satélite de comunicações chegou a órbita há 46 anos”

" Balão esférico lançado pela NASA brilhava mais do que a maioria das estrelas"

Um dia, um enorme balão esférico passou a transmitir ondas de rádio. Assim se conta a história, depois do dia 12 de Agosto de 1960, altura em que os Estados Unidos da América lançou o primeiro satélite de comunicações do mundo: o Echo 1. "Numerosas experiências culminaram com este lançamento. O Echo 1 não só provou a possibilidade de transmissão por pequenas ondas de e para satélites no espaço, como demonstrou as potencialidades dos satélites de comunicação. O sucesso do Echo I, esteve mais relacionado com o nível de exposição dos serviços de comunicação via satélite do que qualquer outro", escreveu Leonard Jaffe, o director do programa de comunicações da NASA.“Balão esférico lançado pela NASA brilhava mais do que a maioria das estrelas”

Estava, desta forma, dado o primeiro passo para o desenvolvimento de uma nova era ao nível das comunicações. Com capacidade para transmitir 12 ligações telefónicas simultâneas ou um canal de televisão, o Echo 1 transmitia sinais entre duas estações de rádio no solo, sem amplificá-las. Era também um veículo utilizado para calcular a densidade da atmosfera e a pressão solar. O satélite era visível a olho nu a partir da Terra, uma vez que era mais brilhante do que a maior parte das estrelas e era, provavelmente, visto por mais pessoas do que qualquer outro objecto lançado pelo homem para o espaço.

STC, Sandra Antunes

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DR3 - CLC A Publicidade


A publicidade visa convencer o destinatário a realizar uma acção.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO

- Linguagem polissémica
- Frases exclamativas e imperativas
- Frases nominais, curtas
- Uso expressivo da adjectivação
- Recursos à rima, à onomatopeia e à aliteração
- Utilização de metáforas, hipérboles e outros recursos estilísticos
- Função apelativa e emotiva

Um anúncio bem elaborado deve respeitar o AIDMA (sigla do guião que procura sintetizar os passos ou elementos do processo publicitário):

- Atenção – captar a atenção do público destinatário;
- Interesse – despertar a simpatia pelo que é publicitado;
- Desejo – desencadear a necessidade de ter ou usufruir do que é anunciado;
- Memorização – facilitar a retenção da mensagem. Para tal, a publicidade recorre a estratégias: slogan, rima, associação do produto a sensações de êxito, prazer, prestígio, conforto, segurança…
- Acção – mobilizar, dar instruções ao destinatário para que satisfaça a necessidade desencadeada: adquirir ou aderir ao objecto publicitado.


CLC Ana Vaz

terça-feira, 2 de junho de 2009

DR3 - CLC A Crónica

A palavra crónica deriva do Khrónos , que significa tempo. Crónica significa, então, passar o tempo.
Na Idade Média, a crónica estava relacionada apenas com a história; era um relato histórico de determinados factos que diziam respeito a um determinado reinado.
É Fernão Lopes quem altera a concepção tradicional da crónica, enquanto um simples relato factual, transformando-a numa recriação literária dos acontecimentos ocorridos nos reinados de D. Pedro, D. Fernando e D. João I.
No século XIX, a crónica passou a ser um tipo de texto elaborado por jornalistas e por escritores. Adquiriu uma funçãoideológica, quase sempre crítica e satírica.
Actualmente, a crónica mantém, muitas vezes, uma função ideológica, crítica, satírica, mas apresenta também recorrentemente um fundo de ficção, de texto de carácter ensaístico e de memórias. Pode ainda ser objecto de uma crónica o comentário de factos, notícias ou flagrantes da vida quotidiana.
A crónica já não é, pois, um texto informativo. O cronista utiliza processos literários, recriando os acontecimentos através da sua própria subjectividade, através da sua forma de ver o mundo.

CLC - Ana Vaz

segunda-feira, 1 de junho de 2009

DR3 - STC FICHA INFORMATIVA Nº1

Os mass media

Os meios de comunicação de massa são veículos de informação, isto é, são sistemas de comunicação que actuam num único sentido. Os mass media representam uma época em que o fluxo de comunicação é unívoco, pois o receptor das mensagens limita-se precisamente a esse papel, pertencendo a uma massa informe, sem capacidade de resposta. A interactividade é inexistente. O emissor - os mass media - é todo-poderoso, omnipotente. Estes media são pois formas de comunicação através das quais usamos o tempo de utilização com carácter imutável: eles são unilineares.
Os mass media são estruturas altamente organizadas; pretendem satisfazer as preferências e as exigências dos sectores do público que representam a maior fatia no mercado. Só assim eles podem manter um equilíbrio económico, visto que dependem das receitas provenientes da publicidade. Esta lógica é impossível de contrariar: temos de seguir a maioria.

Na era da informação, os mass media tornaram-se maiores e mais pequenos. Se estações de televisão como a CNN têm uma ampla difusão e abarcam um público constituído por milhões de pessoas, o mesmo se passando (ainda que a um público menos numeroso) com a rádio, alguma imprensa ou serviços de cabo exemplificam uma difusão especializada, visando um público pequeno, mas com gostos definidos. Talvez o cinema seja um meio termo entre os restantes mass media.
A pesquisa sobre os mass media percorreu vários campos, nomeadamente o problema da manipulação, a questão da persuasão, o estudo sobre a sua influência, até chegar ao debate das suas funções. Neste último ponto, o interesse recai sobre a dinâmica do sistema social e o papel desempenhado pelos meios de comunicação social na sociedade.

Um estudo sobre as funções psicológicas e sociais dos mass media, elaborado por Katz, Gurevitch e Haas, em 1973 - « On the Use of Mass Media for Important Things » - separa 5 classes de necessidades que os mass media satisfazem:
. Necessidades cognitivas (adquirir e melhorar tanto conhecimentos como compreensão);
. Necessidades afectivas e estéticas;
. Necessidades de integração a nível da personalidade (estabilidade emotiva, maior segurança, aumento de credibilidade e ascensão na posição social);
. Necessidades de integração a nível social (mais contactos interpessoais, com a família e os amigos);
. Necessidades de evasão (aliviar as tensões, atenuar os conflitos).

Actualmente pode-se considerar que a opinião pública, apesar de existir, é manipulada, pois a verdadeira opinião pública é a opinião formada pelos mass media. Os mass media são controlados pelos poderes económico, político e mediático: poder económico, devido ao controle destes por parte de grandes empresas, devido aos lucros resultantes dos conteúdos publicitários; poder político, devido ao controle exercido nos mass media por parte de governos e lobies partidários na manipulação de notícias e no controle das massas por parte dos meios de comunicação; e também por parte do poder mediático, o qual tira partido da exploração da vida privada e pública, de quem quer que seja, por vezes sem olhar a meios, e sem outro objectivo senão o lucro.

Assim o público está condicionado pelos interesses das agências de publicidade, televisão, jornais e de revistas, sendo influenciado, tanto a nível cultural, devido à apresentação de valores e estilos de vida próprios de outras culturas, a nível económico, influenciando-o na escolha de determinados produtos, potenciando o seu consumo, como a nível politico, porque governos há (e houve) que são eleitos, pelos poderes que os mass media, ligados a grandes instituições económicas e a lobies políticos, exercem ao influenciarem na construção dos perfis dos candidatos.
Meios de comunicação alternativos e com opiniões diferentes são “abafados”, não chegando às grandes massas e não tendo assim condições de defenderem o público de ataques ou de técnicas de manipulação e de desinformação, praticadas pelos mass media de grande divulgação.

Uma opinião pública bem formada é aquela que aceita e analisa as informações de derivadas fontes ou canais, e que tem uma mente aberta e crítica para poder compreender a informação à sua disposição e daí tirar as suas conclusões. A necessidade da existência de uma opinião pública bem formada é imprescindível, quanto mais não seja para que não se repitam actos que historicamente denigrem a nossa sociedade e que estão associados à actuação dos mass media sob a influência dos poderes políticos, como por exemplo, as “máquinas de propaganda”, existentes em regimes repressivos como o Nazi ou o soviético. Mas também para que exista uma maior crítica na escolha das informações, e dos programas que as pessoas assistem (neste caso na televisão), uma vez que actualmente os mass media tendem a apresentar conteúdos considerados menos próprios, envolvendo todo o tipo de temáticas, à mão de qualquer pessoa, e no caso da televisão, em horários considerados de primetime, muitas vezes com o intuito de desviar as atenções do público de problemas sociais graves, e de “prender” as populações junto do ecrã, assumindo assim um papel de controlo da população por parte dos governos.
STC, Sandra Antunes